É quando receamos dizer que somos nacionalistas que negamos a nossa Nação. E quando negamos o uso da palavra Pátria recusamos ser patriotas. Evitemos que as palavras vão sendo revestidas com pós e areias diversas ao sabor dos ventos que sempre sopram em direções diversas, com intensidades diversas, mas que em verdade não representam a nossa essência. Evitemos que o nosso orgulho de sermos compatriotas
Autor: Zé Barbosa
Epidémica Insanidade Mental -p2
Ao ver as notícias e os programas de opinião sujeitos ao tema COVID-19, concluo que feliz, feliz, não faz sentido ser. Os nossos governantes não sabem bem o que fazer e os governados nem sequer conseguem ser governados de jeito. Esta obscena vontade de inventar para que não pensem que não sabemos o que estamos a fazer, poderia ser muito portuguesa, mas não é. É
Confinados… Mas Pouco!
Não confino porque tenho que ir para a faculdade. Não confino porque tenho de levar o filho mais velho à escola. Não confino porque tenho de levar o filho mais novo à creche. Não confino porque tenho de ir trabalhar. Não confino porque tenho de comprar bens essenciais para o agregado familiar. Não confino porque tenho de comprar bens essenciais para os meus velhos pais,
In Veritas Veritatis
Não, Latim não é a minha praia mas isto, “In Veritas Veritatis”, fez-me lembrar “Em verdade em verdade vos digo”, preâmbulo usado amiúde nas parábolas do cidadão Jesus Cristo, de quem disseram que viria para nos salvar de nós próprios. Hélas, porque apesar de Ele pregar por aí fora “Acredita, tu és capaz, tu és brutal”, afinal não estamos salvos e pelo andar da carruagem
Habebimus Praeses
Perfilam-se sete candidatos para mais uma corrida a Belém. E se tudo correr dentro da maior das normalidades, se é que as pessoas ainda se lembram do que é a normalidade, teremos Presidente, o senhor vigésimo-primeiro Presidente da República Portuguesa, à beira-mar plantada. E a campanha já bomba, embora a coisa desta vez vá ser do tipo mais televisivo ou rádio-difundido por causa da vigência
Quem Tem Um Olho É Rei
Encontrar um pequeno negócio em Portugal cujo nome apela ao reinado do seu proprietário é tão comum como encontrar no nosso país o Café Central, seja numa aldeia, vila, cidade, terra, terriola, lugar ou lugarejo. Somos o que somos e o que somos resulta bué das influências que recebemos, até porque esta capacidade de nos influenciarmos uns aos outros é o que vai constituir e
I Love You… Too!
Neste virar de ano, dum 2020, que, insisto, não deve ser esquecido, para um 2021 que alguém com muita graça apresenta em inglês como sendo “tuenti tuenti Wuhan”[1], recordo, pleno de saudosismo, uma frase que em tempos ouvi e que de imediato declarei a frase do dia. Desse e de muitos outros que se seguiram : “Porque já constatei que quem gosta de Pink Floyd
Injeções de Esperança
Foi bem no final de 2020, um annus horribilis que não é para esquecer, que tiveram lugar alguns eventos que muitos tomam como reforço de uma esperança que já desfalecia. Num mundo onde o certo deu lugar ao incerto, a certeza deu lugar à dúvida e a arrogância deu lugar ao que de facto o ser humano é, a ciência superou-se e inventou em menos
Lámias Deste Mundo
… E enquanto se imagina que nada será como dantes, cada gesto é um claro sinal de que tudo será como sempre foi. Porque ninguém está mesmo empenhado em abdicar do seu Eu. E o seu Eu toma as formas do que se prevê mais adequado para ainda mais engrandecer o seu já de si ampliado Eu. E tantas são as metamorfoses ao longo da
…É Quando Um Homem Quiser
Enquanto Deus estava sentado no seu trono, Serafim permanecia com as suas seis asas num lugar um pouco mais acima de Deus. E enquanto duas asas lhe cobriam o rosto, duas os pés e as outras duas o mantinham a levitar, toda a Terra mergulhava nas profundezas da dor que chamas intensas e inesgotáveis de um fogo interminavelmente consumidor lhe infligiam. E Serafim alto e
Fantasias
“While Your Lips Are Still Red” é uma ode à dramática paixão (trágica, diria eu) entre um homem e uma mulher, misturada com hesitação, violação, raiva, competição masculina e provavelmente outras coisas que podem ser descobertas no filme “Lieksa!” (Finlândia, 2007), assumindo que conseguimos entender finlandês. Seja como for, espero não estar longe da realidade se disser que a moral dessa história pode ser suportada
Botões de Emergência
Mal vai o país que tortura um visitante até à morte. Pior vai um país quando oculta esse facto. Pior ainda é a leviandade com que se trata a morte por tortura quando já não é possível esconder mais essa barbaridade, com tentativas de fuga para a frente, para trás e para os lados, tal que nem baratas tontas. E só temos que aceitar que
Quinoando…
Hoje decidi juntar-me às meninas, senhoras, mulheres e dondocas que dominam a blogosfera portuguesa pejando-a com artigos sobre culinária, gastronomia, maquilhagem, cabelos e penteados, roupas e vestes, decoração e, acima de tudo, trivialidades tentativamente tornadas filosofia sobre as suas próprias vidas. Em suma, decidi juntar-me a elas, ao invés de as enfrentar, e escrever sobre o quão bem eu, macho, cozinho. Enfrentar mulher não é
TAPando buracos -p2
E de repente todos os partidos da direita à esquerda começam a declarar que a TAP é uma companhia de bandeira! Bandeira? É mesmo? Acenamos com a TAP ao mundo para que o mundo fique a saber que em Portugal mantemos empresas quase falidas durante décadas à custa dum penar diário do povo para as sustentar? As meninas do Bloco de Esquerda, os conservadores do
Espíritos Temperamentais
Percebemos que algo não está bem na nossa vida quando algo não está bem na nossa vida? Sim, mas será que compreendemos que algo não está bem na nossa vida quando algo não está bem na nossa vida? Nem sempre. Perceber é algo automático que nos é permitido pelos nossos sentidos. Compreender exige um esforço cerebral pleno de consciência afim de alcançarmos algo com inteligência,