Quinoando…

Hoje decidi juntar-me às meninas, senhoras, mulheres e dondocas que dominam a blogosfera portuguesa pejando-a com artigos sobre culinária, gastronomia, maquilhagem, cabelos e penteados, roupas e vestes, decoração e, acima de tudo, trivialidades tentativamente tornadas filosofia sobre as suas próprias vidas. Em suma, decidi juntar-me a elas, ao invés de as enfrentar, e escrever sobre o quão bem eu, macho, cozinho. Enfrentar mulher não é coisa que eu recomende pois eu próprio sempre o evito. Mas que elas dominam a blogosfera portuguesa com coisas que só mesmo a elas interessam, ai isso dominam. E as empresas produtoras de todas essas banalidades agradecem…

Claro que é mentira, não cozinho quão bem! Confissão assegurada, posso agora dizer que apenas cozinho porque se não o fizer ou gasto muito dinheiro a comer fora ou morro de fome. Sendo então o ato de cozinhar acima de tudo uma necessidade, dada a minha condição de solteiro sénior, sempre me esforço para me divertir quando cozinho. E pronto, foi assim que nasceu a QUINOA. Fiquei a saber dela através de um palermão que a força das circunstâncias me fizeram atravessar no caminho dele e do qual só aproveitei mesmo uma coisinha: conhecer a quinoa. A partir daí, esta leguminosa[1], cara p’ra xuxu[2], faz parte das minhas sobremesas e dos meus “main courses” amiúde. Porém, só agora me lembrei de fazer uma salada de quinoa que fosse tão boa como uma que comi na India, long ago

Foi um falhanço total! Como aquela que comi na India não ficou mas pelo menos ficou tragável. Claro que sempre faço as minhas investigações e me presto a essa sempre útil ação tipo “Google it” pelo que aprendi algo mais sobre a quinoa. A parte importante dessa minha aprendizagem é que a quinoa não precisa de ser demolhada como o feijão ou grão-de-bico mas é de todo conveniente que:

  1. seja muito bem lavada
  2. fique de molho algum tempo

E porquê? Porque se assim não for iremos ter que tragar umas bolinhas ínfimas com um travo algo amargo. Só isso… Tirando isso, fique já bem claro que a quinoa não substitui o arroz. Nem para lá caminha!. Arroz é arroz, quinoa é quinoa. Arroz, posso comer todos os dias a qualquer hora desde que não seja doce. Quinoa nem por isso mas gosto muito, seja numa salada de frutas ou numa salada não doce como esta que se vê neste prato internacional (ver figura). Isso, é mesmo internacional porque a quinoa tem origem na América do Sul, a picanha também mas a minha preferida é a do Brasil, os ditos cujos champignon eu sempre os associo a França e o ovo estrelado que, esse sim, é um todo terreno de norte a sul e de este a oeste do planeta. Bom, estrelado só mesmo em Portugal porque no resto do mundo é frito…

A quinoa é cozida numa proporção de 1 para 2 de água até a água desaparecer. Fica boa simples mas melhorzinha se lhe adicionarmos por exemplo sal, alho e pimento aos bocadilhos. Sim, pimento aos bocadilhos. E depois? Eu junto pimento a quase tudo! A picanha é salgada ligeiramente e grelhada numa frigideira untada com um pouco de manteiga. Margarina não, manteiga mesmo. Os champignons também mas levam em cima um pouco de vinho tinto. Resultado? Divinal…

Quinoemos enquanto os deuses assim o permitirem…

  1. Há quem lhe chame um pseudo-cereal…
  2. A Quinoa Real ronda os 9 euros por kilo enquanto o arroz ronda o preço de 1 euro por kilo.

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