Decidi hoje escrever um pensamento por dia. Sei que não vou conseguir porque eu não tenho um pensamento por dia.
Sofro de turbilhões de pensamentos por dia e sou totalmente incapaz de apanhar um para o escrever num post de um blog escondido numa prateleira do sótão escuro e poeirento da web. A promessa é esforçar-me muito para apanhar um por dia, retê-lo numa gaiola e só libertá-lo em forma de post de blog na infinita blogosfera.
Aqui vai. Lembrei-me dos gordos. Ou seja nós, os fofinhos. Tudo porque decidi que prefiro ficar sozinho a namorar uma mulher gorda. A mulher gorda a mim não me convém… Mesmo sendo eu um gordinho dos pés à cabeça, mais na zona do estômago. Ok, sou livre de decidir para mim mesmo que prefiro amar-me a mim próprio do que viver os meus dias com uma gorda.
A mulher é em geral um ser bonito. E é assim que quero a minha mulher. Mas reconheço o direito às mulheres de também rejeitarem um velho gordo com a mania de… Por isso, vivo a pacífica guerra entre o que quero e o que os outros não querem. E o que vence é o que quero. Por isso, este é um não problema. A mulher gorda a mim não me convém…
A obesidade é já um problema nacional. Engordamos ao ritmo do que envelhecemos. Mas é mau quando o obeso é uma criança. As criancas não têm idade para justificarem a sua gordura ao ritmo da sua idade. As crianças ainda não têm idade. São crianças…
A obesidade não existe onde a fome existe. A subnutrição é um método anti-obesidade. Mas obviamente ninguém está interessado nesse método. A subnutrição é por si só um problema tão mau quanto a obesidade. Obesidade lembra-me eu próprio. Um pequeno ser cheio de hábitos obesos. A subnutrição lembra-me África. Uma imensidão de pequenos seres que nem chegam a ter hábitos.
Nós os gordos somos uns engraçados. Uns mais que outros. E vamos andando por aí a passear a nossa gordura. E a nossa gordura é o que nos aproxima ou afasta de outros, gordos ou magros.
É assim, é a vida…
