Ser emotivo não é prática que se ensine.
Não chega ao outro por mimetismo ou comoção.
É um ser e um estar que perturba, se reflete e se refrata.
É ter a emoção na alma, na vida, no corpo.
É tentar travar o coração, que dói e transborda.
Feliz o que não tem o coração à boca ou na cabeça?
Infeliz o que (permite) que os músculos se contraiam e o maxilar lhe doa até ao peito?
Felizes os que não reagem a estimulos, palavras e atitudes?
Infelizes os que se sentem manietados pelo mundo e pelo que este lhes oferece?
Não sei o que é não ter emoções profundas!
Se triste, o corpo contrai até desmaiar. Se feliz, o amor irradia e todos os músculos se espalham em si e se prolongam nos outros. O abraço e o beijo, o torpor frenético da alma a explodir.
Não quero a racionalidade imposta! Que vã existência.
As pessoas são um lugar estranho, onde não me reconheço.