Ei, Ei, Levanta-te

Para mim, um incondicional fã dos Pink Floyd desde a minha adolescência, é uma forte comoção ver os sobreviventes desta banda levantarem-se, após longo período de inatividade artística, para apoiarem quem muito de nós precisa: a Ucrânia. E desse ato bondoso nasceu a “Ei, ei, levanta-te” em colaboração com um cantor ucraniano, Andriy Khlyvnyuk. Bem haja, gente boa esta… Dos quatro músicos que iniciaram os

Casamento é Dose -p4

Exato, é o meu quarto artigo sobre esta temática. Comecei a escrever sobre ela em 2007 e em inglês[1]. E agora, num estado que é o que não era então, o meu principal problema foi traduzir a expressão inglesa Marriage Sucks para português. Clara evidência da existência de “nuances” linguísticas que complicam amiúde o trabalho de tradução de quem tem que traduzir…[2] O casamento é

Ora Vamos Lá Manter A Distância

Respeitinho, não se aprochegue, posso espirrar uns corona-vírus sem querer! Espirrar perdigotos é desagradável mas ainda vá que vá! Agora espirrar corona-vírus é mortal. O ser humano é caricato, parece-me. Eu diria mais, a humanidade é um livro de quadradinhos cheio de cenas caricatas desempenhadas por personagens caricatos. Sim, somos uma autêntica banda desenhada onde aparece de tudo, os heróis, os anti-heróis, os quase-heróis, os bandidos, os quase-bandidos e os figurantes…

Agora discute-se a terminologia correta para “Vamos manter o distanciamento social”. Chegam os iluminados deste mundo, aqueles que acham que sem eles andaríamos todos às escuras, e dizem “Devemos garantir o distanciamento físico e manter a proximidade social”. Bonito, pensamento bonito! Assim tipo “não praticamos sexo mas praticamos amor platónico”. É isso, sós no faltava esta para sermos felizes. Sem dúvida, o que interessa mesmo é usarmos as palavras certas. Tal que nem “colaboradores” em vez de “trabalhadores”. Ou “género” em vez de “sexo”. Ou “criança hiper-ativa” em vez de “criança irritante”. Ou “técnica auxiliar administrativa” em vez de “mulher da limpeza”. Ou “Departamento de Pessoas” em vez de “Departamento de Recursos Humanos”.

Enredado

Entre o é e o devia ser. Entre o foi e o nunca devia ter sido. Entre o ela e a outra. Entre o conceito e o preconceito. Entre a parentalidade e a progenitalidade. Entre o social e o individual. Entre o prazer e a dor. Entre o poderá e o deverá ser. Entre as pedras e as flores. Entre os amigos e a amizade. Entre as inundações e as gotas. Entre o amar e o ser amado. Entre o desejo e o ser desejado. Entre o espaço e o tempo. Entre o ontem e o amanhã.

Vendilhões Do Templo

Estou em crer, desde que me conheço como transeúnte desta vida, que a natureza do ser humano é sacana mesmo. E se isso se nota em tempos pacíficos, mais se nota em tempos de guerra… Ainda me recordo, em tempos idos que já lá vão há muito tempo, da cena de ira descontrolada de Jesus Cristo ao querer expulsar os comerciantes que tratavam de manter

Arranha Céus

E altas torres se ergueram apontadas para o céu, cada uma mais alta que a outra, num desafio intrépido e até atrevido a quem profere com ar de sabedoria que o céu é o limite, quando outros já afirmam que o céu, esse mesmo que sempre foi o que de mais alto nos parece ver, não mais é o limite, passando a ser apenas uma

Racismo em Portugal?

Claro, encapotado, mas sim, Portugal é um país de racistas. Angola, Moçambique, Guiné dizem o quê de nós? Racistas… Não defendo Marega porque sou portista[1]. Defendo Marega porque discriminar com base na cor da pele é das maiores palermices do ser humano. A cor da pele? A origem em África? O cabelo encarapinhado? O nariz achatado? Sim, Portugal é racista… Somos todos racistas? Não. Eu