Acabou. Pronto. Nada de redes. Sejam sociais, profissionais ou qualquer outro tipo de rede cibernética[1]…
Bom, nem tanto. Afinal ainda estou altamente viciado na rede das redes, a Internet. Mas eu estou mesmo a falar nas redes sociais e profissionais. Assim tipo Facebook, Linkedin, Skype, etc. Ai tal e coisa “o Skype não é uma rede”, diz uma patricinha a olhar para mim como criança olha para um velho. Ok, tá bem. Não é mas… Foi-se! Não quero, pronto.
Começo a enjoar aquilo que é consumido por milhões. O Facebook vai durar eternamente? Não! Um dia há-de vir um glutão e chlép, comeu o menino gordinho que papava os outros todos. E tá bem, normal. Ainda me lembro que o ICQ[2] era grande. Pomposo. Orgulhoso. Magnânimo. Omnipotente e omnipresente. Até que apareceu o Facebook. Isso, glutão papa glutão.
Hey pá, as redes são boas para a alimentação do homem. Não, não são só as que se usam para apanhar peixe. São também aquelas que nos trazem uma mais valia pontual que nos mantém felizes. Isso, assim mesmo. As redes tipo Facebook fazem-nos felizes. Sentimo-nos outros. Reforçados. Mais mais do que aquilo que efetivamente somos. Até parece que através dessa rede social dominamos a cena. Somos ótimos porque nos sentimos ótimos. Temos milhares de amigos. Milhares de “parabens” quando fazemos anos. Milhares de “és linda”[3] quando tiramos uma foto mais bem conseguida. Milhares de “gostos” de pessoas que nem sequer nos conhecem mas que nos adoram. Malta, vá lá, tamos nessa. No “face”, numa de convívio online onde não existem classes sociais, somos todos iguais, todos nos tratamos por tu… Todos? Naaaaa… Há sempre patricinhas que entram nesta onda numa de “ai tal e coisa, por você é que é porque sou da alta”.
E que proveito pretendo tirar disto? Sei lá. Apenas sou assim como sou. Canso-me das cenas que se repetem até dizer chega. Tou mais numa de andar por aí numa de “tenho pouco tempo, vou aproveitar a realidade enquanto posso”. É giro ver a expressão de alguns dos meus circundantes. O quê? Não tens Facebook? E lançam-nos um ar de “coitado, é um labrego”…
Que os deuses estejam com os que se libertam das redes…
- Ainda se usa esta palavra? Nem sei, já não a ouço há muito…
- “I Seek You” que eu tanto usei na minha fase de descoberta dos chats online. Ainda conheci umas personagens queridas nesse método antigoooo de falar com o “people” do lado de lá…
- Esta é para o mulherio que se produz para publicar uma foto “arrasa homem” no Facebook.