Constatei um dia destes que a degradação do planeta Terra não irá ter impacto nenhum sobre mim. O aquecimento global ao ritmo que está a acontecer poderá apresentar resultados manifestos apenas muito depois de eu ter sido enterrado e devorado pela biologia da existência.
Tá, ok, mas não te preocupa o que pode acontecer aos teus filhos ou netos, resultado das asneiras ecológicas desta geração atual? Não, claro que não. Os meus filhos ou netos que se defendam da melhor maneira possível tal como me defendi de outros males. Que males, carago? Algum desses males era tão mau como este do buraco de ozono, o aquecimento global e a poluição a tempo inteiro tal como acontece em cidades como Nova Deli ou Shanghai?
Ouçam lá, acham que nasci para ser um São Valentim ou uma Madre Teresa de Calcutá? Eu consumo gasolina, de facto é gasóleo, uso todo o tipo de sprays, como qualquer comida conspurcada ou não biológica e sou fã incondicional de tudo o que é muito, muito, mas mesmo muito artifical. So what? Tenho mais uma meia dúzia de anos pela frente e quem vier atrás que apague a luz.
Odeio de morte a hipocrisia. Sou consumidor dos podres desta vida e ponto final. Adoro coca-cola, KFC, McDonald’s, automóveis a gasolina, gadgets, telemóveis, computadores, plástico, fast food, slow food[1] e tudo o mais que vai aparecendo por aí que me apraz. Detesto tudo aquilo que pretendem impingir-me e só consumo o que o meu cérebro classifica de consumível. Rios poluídos não são um problema para mim porque até não suporto meios aquáticos. Não suporto principalmente gente que “se acha” (expressão angolana).
Por isso… Quem vem atrás que apague a luz!