Que se pode esperar de um povo que não é capaz de distinguir produção de produtividade?
Somos uma pequena “família” de 10 milhões que nunca conseguiu encontrar o seu destino. Pensámos em séculos idos que o nosso lado navegador seria perene. Foi bem sucedido mas como tudo o que é bom depressa acaba, foi-se. Agora, nem navegadores nem pescadores. Temos mar e pouco rendimento dele tiramos. Produzimos mas não somos produtivos. Temos sol e só agora descobrimos que o astro rei pode ser uma das nossas riquezas naturais. Riquezas naturais que poucas temos e as que tínhamos permitiram-nos produzir sem produtividade.
O Tuga não é um leitor por natureza. Logo não poderemos ser nunca um povo especialmente educado. Ler não é aqui o busílis da questão. O Tuga até pode gostar de ler mas não de estudar. Lemos romances, lemos revistas cor de rosa, lemos fotonovelas, lemos os escritores que estão na berra mas não estudamos. Produzimos leitura mas sem produtividade.
Uma fábrica de donuts que produza 100 milhões de unidades por ano é uma fábrica rentável? Para muitos a resposta seria imediatamente sim porque o número 100 milhões é respeitável. O Tuga satisfaz-se com aparências. O facto de o número 100 milhões ser respeitável não torna a fábrica necessariamente rentável. Se não é rentável pode não durar muito. Logo, o lado respeitável do número não é garantia de sobrevivência. A produção é elevada, a produtividade não.
O nosso querido país vive há séculos a ilusão dos números. O facto de sermos pouco produtivos levou-nos a tornarmo-nos os pedintes da Europa. E a não conseguirmos sair dessa lamentável posição. E a não merecermos o respeito dos nossos pares. Nós até produzimos. A pena é que o fazemos com baixa produtividade.
Qual a diferença entre produção e produtividade?