Quando me convidam para me mostrarem as atrações locais, fico eternamente grato. Não porque seja dado a monumentos e coisas de outras eras mas porque adoro quando alguém se esforça para me agradar.
Nova Deli, a enorme capital de um enorme país. Muito maior do que nós, Portugueses, conseguimos aguentar. Cerca de 40 graus não afugentam nem os muitos locais nem os alguns “estranjas” que por aqui vadiam. Não fui guiado por um guia profissional mas por alguém que tentou dar-me uma perspetiva histórica do que íamos visitando. Comecemos pelo “Lotus Temple”. Soberbo. Arquitetonicamente falando e também pelas enormes áreas verdes que o cercam. Obra que se deve à religião Bahai, uma alternativa local à religião dominante Hindu.
Templo Lotus.
Não me peçam para falar de religião. Deram-me um saco e pediram-me para meter lá os sapatos. Perguntei porquê. Disseram-me que era uma questão de respeito. Não entendi porque tirar os sapatos é uma questão de respeito mas não discuti. Felizmente as minhas meias não tinham buracos e assim percorri todo o templo. Dentro do templo não existe uma única imagem. Perguntei a mim mesmo quem vêm as pessoas aqui venerar. Bom, finalmente perguntei ao meu amigo Indiano. Respondeu-me que as pessoas vêm aqui em silêncio encontrarem-se consigo mesmas. E orar, se assim o desejarem…
Passemos à India Gate. Note-se que eu não disse Gate Of India. Não é a mesma coisa. Para mim seria, se não me tivessem avisado.
India Gate.
Um tributo a todos os que morreram pela Índia. Enquanto a Gate Of India foi por onde os Britânicos entraram quando invadiram este território. A garota? Não conheço. Foi apenas vítima da minhas lentes Leica do meu telemóvel. Mas tá gira, ficou bem. Bem Indiana. Ainda irei escrever sobre a mulher Indiana mas não agora.
Este foi o meu domingo. Sim, o único dia livre para os Indianos. Um país dominado pelos Britânicos durante décadas mas que não pratica o “fim de semana inglês”. Vou lá eu entender esta gente! Quanto mais os conheço, mais sei que jamais os entenderei. Gente, eles são tantos, tantos, tantos em todos os lugares. E adoram o que são. Nunca vi igual, mesmo. Este povo não existe. Não. É ficção. Só pode…
Que os deuses nos protejam das incompreensibilidades deste mundo…