Esta é boa. Pecado capital. Pecado minúsculo. Pecado pecaminoso. Pecado assim-assim. Pecado antes. Pecado depois. Carrada de pecados. Ou apenas um. O capital…
Comecei a ler o “O Capital” de Karl Marx. E foi uma das coisas mais estúpidas que fiz na minha vida. O Capital não é para se ler, é para se ir lendo. Que pecado. Do qual me arrependo e agora confesso. Confessar! Que coisa tão católica, confessar. Dizer a um ser tão ou mais pecaminoso que nós que pecámos. Que não estamos bem com a nossa consciência. Que precisamos de nos purificarmos. Que pecámos. Nós, pecadores. Que vergonha…
Eu não peco há muito tempo. Deixei de pecar naquele preciso momento que percebi que pecado é um não-assunto. Que ninguém peca. Que não há pecadores. Que pecado é um não-problema. Ninguém peca. Só os que acreditam que o pecado é um assunto. Um problema. Eu não peco há muito tempo. Deixei de pecar…
Pecado capital que já não carrego. Que leveza. Que libertação. Que bom pecar sem sabermos que pecamos…
Que os deuses nos perdoem os pecados que cometemos, sem os cometermos. Porque nosso é o reino dos céus…