Pergunta: porque existe o dia internacional da mulher?
Porque na raça animal que se designa por “humanos” a fêmea é o lado mais fraco. Isso, continua a ser, sempre foi e sinceramente não deixará de ser tão cedo. Pronto, sei que isto não agradará a certas fêmeas de mau feitio que às vezes me irritam tanto que, se eu fosse desse estilo, lhes dava um arraial de porrada. Isso, há mulheres tão exasperantes nesta coisa dos direitos das mulheres versus os dos homens que me dá mesmo vontade de, em vez de ser sexista, ser machista.
Há sim! Há uma diferença entre “sexista” e “machista”. Confesso-me sexista. Sou pela diferença vincada. Somos dois, não apenas um ou três. Machos e fêmeas. E cada qual com o seu existir, ser e estar específicos. Meninos têm pilinha, meninas têm bibi. Homem tem voz dura, mulher tem voz sensual. Homem tem formas duras, mulher tem formas sensuais. Homem é eminentemente testosterona, mulher é estrogénio. Homem penetra, mulher “dá à luz”. Este é o cenário natural que carateriza a raça humana. Como sexista, defendo a continuação, a continuidade naquilo que é belo no ser humano. Mas a beleza sempre foi uma coisa relativa, não foi? É, e será. A beleza está nos olhos de quem vê. Neste caso de quem pensa. E eu penso que esta é das tradições belas da nossa realidade: há os machos e há as fêmeas…
Ser “sexista” já não é moderno. Já não há dois sexos. Agora há dois géneros, o masculino e o feminino. Os anglo-saxões já usam “género” há muitas luas. Nós descobrimos recentemente o que outros já tinham descoberto e demos um pontapé no traseiro das designações “sexo masculino” e “sexo feminino”. Mas eu sou dos antigos, sou sexista. Sou pela diferença vincada entre ambos. Mas não sou machista. O machista é o homem que pratica a superioridade do macho sobre a fêmea. O machista é o grande praticante do “lá em casa mando eu”, “automóvel é para ser conduzido por homem” e “o lugar da mulher é na cozinha”. Esse é o machista que muitas mulheres detestam, odeiam até, mas que têm de aturar. E têm de aturar porque mulher é, efetivamente, o lado fraco desta dupla de géneros.
Porque é a mulher o lado fraco do ser humano? Muitas dizem que é porque o homem é fisicamente superior e se impõe pela força. Até nem é mentira. Mas não vou perder tempo aí. Prefiro o cerne da questão. Meter a mão (e o braço) nesse mundo viscoso, por vezes nojento, que é a raça humana. A raça humana é cruel por natureza. Nascemos maus. Com instintos de elevada crueldade que por vezes nem a nossa profícua imaginação lá consegue chegar para imaginar. Sempre fomos assim. Até um dia que alguem entendeu que o mundo seria mais belo se houvesse menos crueldade. E a ideia foi passando de homem em homem. De geração em geração. De nação em nação. E o homem mudou. Suavizou. Começou a educar os recém-nascidos. E o Homem passou a ser menos cruel. A usar menos a força como argumento. A usar mais a inteligência. E a sua inteligência levou-o a concluir coisas bonitas, como por exemplo não maltratar o lado mais fraco, a mulher. E a mulher começou a tomar um lugar que nunca tinha ocupado. Começou a ver-se como capaz. A perceber o seu lugar e a otimizar o seu ser e o seu estar…
Mas como a nossa natureza é caraterizada pela mais vil crueldade, milénios não foram suficientes para que a mulher deixasse de ser o que numa enormíssima parte do globo ainda é: humano de segunda. O lado mais fraco. Veja-se África. Veja-se a América Latina. Veja-se a Ásia. A do Islão e a não do Islão. Veja-se até na zona vanguardista da emancipação da mulher, tal como USA, Alemanha, Holanda e outros. A mulher é o lado mais fraco. E curiosamente porque muitas, mas mesmo muitas mulheres preferem estar nessa posição. Ou se não preferem, pelo menos nada fazem para nela deixar de estar. Veja-se por esse mundo fora. Mas veja-se com olhos de ver. Sem emoções ou sentimentalismos de cacará-cacá a toldarem-nos a vista.
Por isto existe o “Dia Internacional da Mulher”. Para lembrar à mulher que ela continua humano de segunda e tentar convencer o machista que mulher não é o seu saco de boxe. Não é buraco sem fundo para ouvir os seus impropérios sempre que o chefe o exocrina até dizer chega. Não é o seu saco para esvaziar os “tomates”[1]. Não é aquela coisa que o recebe ao fim do dia, lhe calça as pantufas, lhe serve uma cerveja fresquinha enquanto se senta no sofá para ver TV e depois volta para a cozinha para lhe preparar o jantar, ao mesmo tempo que toma conta da prole de ambos. É para isso que existe este dia, embora me pareça que não seja este dia que tenha contribuído para a melhoria das condições de vida da mulher. Mas ajuda, dizem…
Mulher é, em geral, beleza. Formas. Sensualidade. Sensibilidade. E já lá vai o tempo em que a mulher Portuguesa era identificada pelo bigode[2] e pelo tufinho escuro nos sovacos. Hoje, a mulher Portuguesa cuida-se. Importa-se com a sua imagem. Fá-lo para seu próprio bel-prazer e o de outros. Aqui ficam alguns exemplos da beleza feminina Portuguesa[3]. Claro, como é comum dizer-se, a beleza está nos olhos de quem vê. Neste caso, eu!
Que os deuses estejam com as mulheres…
- Nome bonito atribuído aos testículos. Prefiro-o ao nome bem desagradável que um literato qualquer, conhecedor de Latim, traduziu para: colhões (plural de colhão).
- Bom, há quem lhe chame buço mas naquele tempo, há algumas poucas décadas, a mulher Portuguesa não se depilava. E mamífero sem pelos, não há tantos assim por esse mundo fora…
- Algumas das fotos aqui apresentadas mostram figuras públicas ou não e podem já não representar o aspeto atual da pessoa em questão. Mulher também envelhece…