Tenho assistido, impávido e sereno, a tanta imbecilidade que grassa por este lusitano território que, entre guerras e perigos esforçados, mais do que prometia a força humana, entre gente da terra edificam umas quantas porras sem graça nem talento…
O vice-almirante é um militar. Ponto! Não fui militar, e aos deuses agradeço ter chumbado na inspeção, mas entendo os militares. O vice-almirante Gouveia e Melo não é um político. Não é um advogado. Não é um juiz. Não é um sacerdote. Não é um santo. Não é um satanás. Não é um amigo. Não é um inimigo. Não é um lambe-botas. Não é um intelectual. Não é um puxa-saco[1]. Não é um ideólogo. Não é um estratega. O vice-almirante Gouveia e Melo é um militar. Ponto!
Entendo bem os militares! Não professo as mesmas convicções mas têm algo que admiro: pragmatismo! Define-se um objetivo. Define-se a estratégia. Define-se as táticas. Define-se os recursos humanos. Define-se os recursos materiais. Define-se os «timings». Define-se as prováveis baixas. Define-se as alternativas. E saiam da frente, é para chegar, ver e vencer…
Esta lusitana terra, de sobreviventes entre uma população em extinção, está infestada de gente inútil. De gente que vê nos seus piercings e nas suas tatuagens o melhor que têm a apresentar ao mundo, seja ele o nosso pequeno mundo lusitano, seja o grande planeta terra a correr riscos de sobreaquecimento, resultante da ganância deste animal humano que se diz homem ou mulher. Ainda bem que o vice-almirante Gouveia e Melo é apenas um militar. Um bom militar. Tão bom como os que fizeram o 25 de Abril e que nos abriram a porta para sermos imbecis quanto chegue pois somos livres de ser e não ser, de estar e não estar, de criar ou procriar ou… Talvez não!
Os melhores desempenhos resultam só da pesada leveza do ser. Quando assim não é, ou seja, quando nos tornamos leves como o hélio nas nossas ações e atitudes, entramos no mundo da imbecilidade, convictos que somos matéria especial, «primus inter pares» e tantas outras coisas de tão só-menos importância…
Obrigado, vice-almirante Gouveia e Melo!