Porque por cada dia que se passa se descobre mais um bandido. Mais um vigarista. Mais um lusitano que teima em sugar os seus.
Ao longo da minha experiência de viajante por aí fora, constatei algo de deprimente: tuga no estrangeiro gosta de enrabar tuga no estrangeiro. Ao longo da minha vida interna ou, se preferirem, doméstica, constato que tuga na sua terra gosta de enrabar tuga na sua terra. Em suma, tuga gosta tanto de enrabar como ser enrabado. Tuga é bi. Bi-estúpido. Bi-palerma. Bi-vendido. Bi-bandido. Bi-comprador. Bi-vendedor. Bi-analfabeto. Bi-traidor. Bi-qualquer coisa. Desde que dê dinheiro. Fama. Fama para gerar dinheiro. Popularidade. Popularidade para gerar dinheiro. Tuga é “piqueno”, mesquinho, provinciano com atitude de metropolitano…
No meio de tantos bandidos que se safam, há outros tantos com insuficientes “skills” que não evitam o calabouço. Assim mesmo, prisa. Grades. Candidato a levar no cu. Ou candidata a ser almofada de esfrega-esfrega. E isto é dramático. Porque começamos a ter poucos aposentos para tantos bandidos. O que faz pensar que ainda bem que há bandidos que escapam à choldra ou teríamos um irresolúvel problema de alojamento de médio e longo prazo.
A este ritmo de trabalho da “judite”, não tarda nada temos que exportar bandidos. Ou então temos que desviar fundos do orçamento de estado para construir mais choldras. E mais choldras geram mais postos de trabalho. E mais postos de trabalho reduzem o desemprego. E menos desemprego aumenta o número de cidadãos com poder de compra. E mais poder de compra dinamiza a economia. O comércio. A indústria. Os serviços. E com o incremento da produção incrementamos as exportações. E com o aumento das exportações geramos riqueza interna. Que por sua vez dinamizará ainda mais a economia. O comércio. A indústria. Os serviços. E com o incremento de…
Em suma, invistamos em bandidos para bem de todos nós que habitamos este canto da Europa cheiinho de gente de brandos costumes…