Europeias

É tão deprimente ver alguém a concorrer à Europa estando contra ela como ver tanta gente a apelar ao voto como dever cívico inadiável…

Inadiável? Tudo é adiável nesta vida. Tudo pode ficar tão para amanhã. Exceto aquilo que não aguentamos que fique para lá do momento que achamos que é o momento que determina o momento que define o fim do princípio do meio que leva ao fim de algo que tem um fim que nós nem conhecemos qual. Mente humana tem destas coisas. Há gente que não aguenta a sua própria mente. E tal como é desagradável a frase “deus dá nozes a quem não tem dentes” desgradável é a frase “deus dá mentes a quem nem sequer tem cabeça”.

Quase odeio quem diz “quanto mais conheço o homem mais amo os animais” mas realmente há gente por esse mundo fora que me irrita quase tanto como certas frases tipo “cliché” nas quais os merdas da sociedade que habito acreditam piamente. “Votar é um dever cívico” e quem não o fizer fica colado ao pecado capital até ao juízo final.

Não vou votar amanhã[1]. Estou bem, sinto-me bem. Tão bem como estaria e estarei como se nem houvesse eleições. É que estou tão cansado do “habitué”… Estou tão cansado que me digam o que está bem e o que está mal. Estou tão cansado do bem e do mal.

Estou tão cansado…

  1. Eleições para o Parlamento Europeu 2019.

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