A primeira vez que ouvi falar em design thinking foi provavelmente o ano passado, quando no meu antigo emprego, me foram dados a conhecer alguns programas de formação para executivos na área da inovação. Este tipo de conteúdos tem surgido um pouco por todo lado, sempre mais ligados às start-ups, à digitalização dos negócios e à inovação nas empresas.
Ao início, parece ser tudo um monte de buzzwords para pessoas com espírito de Steve Jobs. Mas com esta minha mania de querer perceber melhor o que eu ia vender nestes programas de formação, observei as brochuras, os esquemas, tirei algumas notas do que estava a ser explicado e, confesso, fiquei curiosa.
Atualmente, sou uma das pessoas que está a receber formação em primeira mão e devo dizer que esta metodologia me faz mesmo muito sentido. É, provavelmente, a maior aproximação que as ciências sociais (gestão, sociologia, psicologia social…) podem ter às ciências exatas (engenharia, matemática…) para a resolução de problemas. Enquanto licenciada numa ciência social, foi com sorriso matreiro que pensei “finalmente a tecnologia e a engenharia reconhecem que precisam de conhecer e falar com pessoas!”
A verdade é que durante o processo – sobretudo nas etapas da chamada fase de Inspiração – naturalmente, ninguém se refere às técnicas de recolha de informação como fazendo parte do mundo das ciências sociais – certamente não são exclusivas desta área. Mas é, sem dúvida, uma ótima oportunidade para se trabalhar com equipas verdadeiramente multidisciplinares, com vista à conceção de novos produtos e serviços. É uma forma de trabalhar que me deixa otimista em relação ao envolvimento de diferentes profissionais num processo de inovação!
[continuará…]