E altas torres se ergueram apontadas para o céu, cada uma mais alta que a outra, num desafio intrépido e até atrevido a quem profere com ar de sabedoria que o céu é o limite, quando outros já afirmam que o céu, esse mesmo que sempre foi o que de mais alto nos parece ver, não mais é o limite, passando a ser apenas uma dimensão de passagem para outras dimensões…
E porque arte é o que os olhos de não artistas insistem em ver como se fora para lá da compreeensão humana, seja lá qual for a compreensão de seja quem for o humano de quem se fala, assim se faz arte por aí em dimensões abaixo daquela que até recentemente era o limite. E os olhos de quem vê assim se encantam, se espantam ou tão simplesmente se baixam, em puro ato de tímida humildade advindo de um tremendo receio de serem rotulados por seus pares como despojados de sentido, sentidos ou, pior ainda, inteligência.

E tanto quanto a arte é, e talvez será, assim se perfila a seu lado a estética, a beleza, o encanto e o espanto. De tão grande subjetividade dotada, a beleza é o que os olhos de quem vê sente nem que seja apenas um singelo sentir. E para os que a beleza resulta de algo bem mais complexo do que um simples sentir, a isso tendo inegável direito, acresce a imperiosa necessidade de ver utilidade onde outros vêem apenas o belo, por via de seus sentidos apenas. E de igual forma assim se perfila a simplicidade que para uns é coisa simples e para outros é uma linha de linhas arquitetadas por engenhosos pensadores. Algures para lá do limite que, afirmam alguns, já não é o limite…
Esta é a humanidade que por aí desfila em mundos que por vezes não são os nossos mas que, em nome da sã integração porque homem não é uma ilha, queremos à viva força fazer nossos, compreendendo-os ou apenas os entendendo, quanto mais não seja para ficarmos bem na fotografia… De família! E porque comunidade é aquilo que resulta da vida em comunhão, assim vamos interpretando, ou pelo menos histoicamente esforçando-nos para tal, os sinais dos que são capazes de enviar sinais. Na pior das hipóteses seremos apenas capazes de receber tais intricados sinais, os quais, para nossa felicidade de humildes transeúntes da vida, apenas serão valorizados se forem recebidos por quem os consiga, querendo ou não, receber. Toda a emissão só está completa se houver receção…
So the gods save the skyscrapers of the lives of ours, the mortals. Ashes to ashes, dust to dust, so shall it be…