A Coisa Tá Negra… -p2

E agora pegou moda: apagar a História! Que mentes brilhantes essas que vandalizam marcos da História em nome de já não se sabe bem o quê. O Homem é violento por natureza e ganha forças extras quando integrado em manada…

Padre António Vieira? Por favor, tenham dó! Winston Churchill? Por favor, tenham dó! Algum dos vândalos que andam por aí à solta por acaso parou para pensar que sem Winston Churchill e todo o seu povo, que até nem aprecio muito, estaríamos hoje numa Europa cheia de branquinhos apenas, a falar Alemão e a cumprimentarmo-nos com o braço direito estendido que nem pénis em plena ereção[1]? A História é o que fomos, não se apaga. Deve pelo contrário estar bem visível para assim podermos replicar as suas partes boas e nunca mais repetir as suas partes más. A História é o que somos, conjugada no passado, e o que somos é muito frequentemente degradante mas… É o que somos! Ou será que esses vândalos que andam por aí à solta vão também começar a exterminar todos os Alemães de hoje por causa de uma sua geração anterior ter sido uma das mais racistas, xenófobas e assassinas em massa de toda a História? E porque não exterminar também os Portugueses que colonizaram vários territórios em África onde puderam praticar racismo quanto baste, para além de outras práticas menos humanistas? Já agora, porque será que esses vândalos que andam por aí à solta não aproveitam o embalo e vão para Africa fazer estas cenas patéticas, já que há muitos séculos em África tem havido tanto negro a escravizar negro?

George Floyd, um pequeno delinquente, grande fisicamente, é agora um herói? Tá certo, homenageia-se um delinquente recorrendo à delinquência. Muito coerente! E agora só falta mesmo todos esses vândalos que andam por aí à solta vestirem uma t-shirt negra com o dizer “I’m George Floyd”, à semelhança do patético “Je Suis Charlie”, em outra parte do mundo onde um jornal altamente ofensivo foi vítima de um ajuste de contas de quem se sentiu por ele ofendido. Tudo isto me parece um descarregar de tensões acumuladas há séculos, agravadas com o “stay home” dos últimos meses. Afinal, as pessoas estavam com saudades da violência de tal modo que, ainda a porta de saída para o desconfinamento estava semi-aberta, toda uma explosão de violência voltou à ribalta. Que o digam os jogadores do Sport Lisboa e Benfica e seu treinador que sentiram logo ao abrir do pano a explosão de violência contida em cerca de 2 meses de confinamento[2]


Bullying…

O manadismo[3] é uma forma de estar do ser humano bem antiguinha que ao longo da História tem dado coisa boas, menos boas e más. Muito mais más que boas e menos-boas juntas. Esta é também, das caraterísticas do ser humano, aquela que mais me assusta. Já vi pessoas sem qualquer poder individual a transformarem-se em mamutes arrasadoramente descontrolados quando integrados em manada. É uma transformação colossal e apavorante. Se queremos realmente conhecer uma pessoa, temos que a observar em ambiente normal e quando integrada em manada. A manada é dotada de uma força descomunal e leva pessoas a praticarem atos sem fazerem a mínima ideia do porquê e do para quê! Essas manadas que, à semelhança das manadas dos USA, andam agora pela Europa em autênticos atos vândalos em nome do já nem sabem muito bem o quê, são isso mesmo, manadas em fúria. Uma fúria que nem elas sabem a que se deve e em que vai resultar. E então é assim, se é para derrubar estátuas, derrubem-se. Se é para pilhar, pilhe-se. Se é para queimar casas e automóveis, queime-se. Se é para proferir frases sem sequer se conhecer o seu sentido, profira-se. Afinal, frases como “Black lives matter” são um slogan como qualquer outro e parecem ficar bem na nossa t-shirt. E parar para pensar o que pode significar “black lives” nas suas mais diversas possíveis interpretações, não interessa. O que interessa é fazer o que os outros fazem, não vá a desenfreada manada atropelar-nos a nós…

Chamam coragem à idiotice em manada! Quanto tempo vai durar esta “coragem”? É que a coisa tá cada vez mais negra…

  1. A saudação nazi ou saudação de Hitler (em alemão: Hitlergruß), muito conhecida na época da Alemanha Nazi como Deutscher Gruß (saudação alemã), é uma variação da saudação romana, adotada pelo Partido Nazi (Nacional Socialismo) como um sinal da lealdade e culto da personalidade de Adolf Hitler.
  2. Pode ler a notícia AQUI, se ainda estiver online.
  3. Efeito manada, carreirismo, carneirismo, ovelhismo, seguidismo, “maria vai com as outras”, “tudo ao molho e fé em Deus”,… É só escolher!

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